A que ponto pode chegar a maldade e irracionalidade humana?
As imagens são chocantes! Chocam a todos que amam a vida e que a respeitam. Chocam pela
maldade, mas também pela indiferença dos que passam todos os dias e não enxergam a brutalidade
do ato e choca muito mais pela total falta de ação dos órgãos públicos, especialmente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), que coiba e puna os responsáveis por esse crime ambiental.
São mais de 18 mangueiras aprisionadas pelo concreto, nas avenidas Mundurucus, Serzedelo Correa e Padre Eutíquio, todas no entorno da Praça Batista Campos.
E qual a culpa dessas velhas senhoras? a única culpa que esse ser tem é existir para nos beneficiar: abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, e consequentemente influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares, embeleza a cidade, diminuem a velocidade do vento, contribuem na diminuição de ruídos, redução do impacto das chuvas, funciona, psicologicamente, como elemento de repouso através da contemplação.
Purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através de mecanismos fotossintéticos, melhoria do microclima da cidade, devido à retenção de umidade do solo e do ar e também pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas.
E o que se tem feito para agradecer e preservar estes benefícios?
Mutilação impiedosa com podas drásticas, asfixia de suas raízes, envenenamento e outras agressões que a matam lentamente, até serem arrancadas sem vida! Infelizmente é assim que nossa cidade tem retribuído o que elas nos proporcionam.
“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não ouve” (Victor Hugo).
A AAPBEL protocolou hoje, 22.04, pedido de "imediatas providências para apurar e
reparar o grave crime ambiental que vem sendo cometido contra as mangueiras da
cidade, em especial no entorno da Praça Batista Campos, o que torna o fato mais
preocupante por tratar-se de um dos logradouros mais significativos de nossa
paisagem urbana."
No seu pedido, a entidade alerta ainda para o fato de: "a arborização de nossa cidade é muito característica, reputando-se
Belém, em todo país como a “cidade das mangueiras”, pelo que não se admite sua
descaracterização e sem esquecer ainda que as mangueiras são patrimônio
cultural tombado pela lei nº7709/94.
Não fosse somente isso, a CF prevê em
seu artigo 225 que:
“Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações”
Finaliza exigindo todas as providências para cessar o dano ao patrimônio da cidade e que sejam aplicadas
as penalidades previstas a seus causadores.
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