quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Notícias sobre a obra no Palacete Passarinho

                                     

Ao constatarmos que a obra de construção de um novo prédio no imóvel havia sido retomada e a notificação de embargo havia sido retirada, apresentamos questionamento ao DPHAC/SECULT para saber como estava o processo, se a obra já estava licenciada e quais as alterações efetivadas no projeto em caso de ter sido aprovado pelo departamento. 
De pronto, recebemos a seguinte resposta da diretora do DPHAC, arquiteta Thais Toscano:


"O primeiro projeto encaminhado ao DPHAC, após o embargo da obra, foi indeferido. Tratava-se de um volume, mais alto que o Solar, contíguo a ele, que criava uma nociva interferência, relegando ao bem uma condição subalterna.
Em reunião com o proprietário e o arquiteto/autor do projeto foram feitas consideração acerca de como se deveria proceder em uma intervenção desta natureza. Solicitamos, de imediato, que o volume fosse construído na parte posterior ao lote, distanciando-se do Solar, garantindo a leitura clara e individualizada das duas arquiteturas ( a antiga e a contemporânea).
O projeto foi reapresentado, obedecendo às solicitações do Departamento. Trata-se de um volume simples, colado posteriormente ao lote, afastado do edifício de interesse, mais baixo que ele e que não interfere em sua ambiência.
A função será de restaurante.
Quanto ao Solar, será objeto de um projeto de restauro, com outros arquitetos contratados. O DPHAC deu prazo de 90 dias para o encaminhamento deste referido projeto."


Ponto para o proprietário, que reparou seu erro inicial, dando exemplo de respeito ao patrimônio da cidade e de que é possível conciliar os interesses em intervenções visando readequar o uso de um bem histórico. Ponto para o DPHAC que embargou a obra e prestou toda a orientação técnica ao mesmo. As boas intenções do proprietário do empreendimento também se denota quando aceitou recomendação do órgão de preservação em contratar pessoal especializado em restauração de bens históricos para executar o restauro do palacete. 
O ponto negativo fica com a SEURB, que licenciou a obra em bem tombado, sem exigir a análise prévia do DPHAC. 
Esperamos que além de um restaurante, a cidade ganhe também o magnífico palacete restaurado e preservado! 






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