quinta-feira, 27 de março de 2014

Em 18 de Janeiro, denunciamos o caso Premium

A permissão ilegal para construção do edifício Premium, na orla da Baía do Guajará foi um dos maiores crimes praticados pela gestão Duciomar contra a nossa cidade. O Ministério Público Federal obteve liminar embargando a obra, a construtora conseguiu derrubar a liminar e o processo continua dormitando nas varas e tribunais, mas a obra continua célere e já está na sua 12ª laje, tornando o crime, fato consumado.
A apropriação da orla de Belém por grandes espigões interfere diretamente na circulação de ventos na cidade, pois cria obstáculos físicos, que impedem a entrada e melhor ventilação advinda do rio. Por inércia, o aumento médio da temperatura urbana irá se elevar, formando o que conhecemos como “ilhas de calor”, os micros climas na cidade. Fenômeno cada vez mais recorrente nos centros urbanos. Cidades que permitiram construções em sua orla, como Recife, Fortaleza, Santos, etc, tiveram aumento de temperatura por conta da falta de circulação de ventos. Outro ponto desfavorável a Belém, é justamente a velocidade dos ventos. Na capital paraense, a velocidade média de vento é de 2 m/s. Nas cidades litorâneas do nordeste a média dobra.
Assim a orla de Belém que deveria ser um espaço de relação dos seus cidadãos com o rio, vai tornando-se um espaço de especulação do capital para reprodução indiscriminada do lucro das grandes incorporadoras nacionais, em detrimento da qualidade de vida dos moradores de Belém. Agora temos notícia de que mais um novo empreendimento vai ser lançado na área, uma torre de 30 andares chamada Dubai. A pergunta é: vamos continuar permitindo?
Na primeira foto, vemos que a área do empreendimento está a menos de 30 metros da faixa mínima do rio, permitida pela legislação ambiental.





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